terça-feira, 19 de outubro de 2010

Por todo o resto

Por mais que riam as caras e que ternura se esqueça, por mais que o amor prevaleça... Vocês fizeram os dias assim...

Passei a noite acordada. Em dias assim, não durmo, me despedaço, me desfaço, não me reconheço. Costumo perceber a (falta de) qualidade da minha vida pela quantidade de horas que passo pensando em sumir.

No meu mundo perfeito, eu não teria escorregado na saída de casa, não teria perdido meu celular, o juiz teria deferido meu pedido, eu teria almoçado bem, teria conseguido olhar pro meu umbigo sem o peso do mundo nas minhas costas, não teria me sentido atolada nesse planeta cinza tentando dar passos sincronizados para sair, mas desejando profundamente me afundar de vez. Não, não é o mundo... “mea culpa”, sem dúvida, essas e todas as outras.

Eu que ainda não entendi o difícil é o processo de compreensão de que as coisas na maioria das vezes não depende da minha vontade de fazer com que elas aconteçam e que fingir, mesmo que com convicção, não torna uma mentira em verdade.

A reticência sempre me acompanhou...