quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Eu te odeio tanto que não atendo mais os seus telefonemas e seus convites não me interessam mais.

Eu te odeio tanto que evito seu olhar, fujo das suas esquinas e acho que não suportaria ficar nem um segundo sozinha com você.

Isso tudo nunca foi importante, na verdade, houve um momento em que foi, um pouco, talvez, logo depois, não sei em que momento do filme eu dormi, quando eu acordei, as luzes estavam acesas e você tinha ido embora. E eu fiquei te esperando, acho que de certa forma, eu ainda espero.

E isso não faz parte, e isso não era pra ter sido assim. O caminho normal, a curso esperado é que desandou. Eu só não sei em qual parte é que a gente se perdeu, ainda não achei. Porque o normal é para os casais normais, não para nós dois. Nós não somos nada. Nunca fomos.

É por isso que eu te odeio e te desgraço todos os dias. Não aceito, brigo, te esporro, te espanco e choro, e se te busco, não te acho, e se te encontro, te escapo. E assim, em um ciclo sem fim, te olho ainda, como se fosse da primeira vez.

Mas não ligue para nada disso, são palavras soltas, dispersas e sem importância.

Acho que você não entenderia isso, porque você nunca soube, e pra quem não sabe nada, entender algo é luxo.

Eu ainda levo a vida do mesmo jeito, mas acho que me tornei uma pessoa pior, ainda durmo mal quando chove e tenho frio nos pés e não sei de onde adquiri o hábito de ficar olhando para a porta...
Isso não tem cura, meu amor.