- Eu te odeio, quero que você morra!!
Bem, “eu te amo” não diz tudo em uma relação de amor, mas “eu te odeio” também não diz quase nada em uma discussão acalorada. O fato é que as palavras são muito mais influenciáveis pelo momento em que são ditas do que deveriam.
Como dói não é? As vezes é preferível levar um bom tapa na cara do que agüentar o corte perfurante de palavras soltas que geralmente machucam justamente pelo que guardamos de mais valioso, quando atingem o bem que com mais carinho é guarnecido.
Pode ser o amor duvidado, a fidelidade questionada, a confiança na berlinda, lembranças esquecidas, dívidas enterradas, sonhos desacreditados, histórias rasgadas. Cada um sabe onde dói mais o calo, literalmente pisado.
Faz parte. Inevitavelmente, as pessoas que você ama ou que amam você irão te magoar algum dia. Pode até ser. Mas isso não faz as coisas serem mais fáceis, nem ao menos faz elas parecerem mais fáceis.
Esse discurso de forma nenhuma tem a pretensão de ser uma solicitação oficiosa de que você, que disse o que não devia, peça desculpas. De forma alguma, não sou juiza, nem conselheira, nem inquisitora, nem santa, nem vítima.
Mas acho que vale sim, abrir o assunto. Quanto vale uma pisada de bola dada com um amigo? Quanto valeu o desabafo inoportuno? Em qual momento tudo aquilo deixou de ser uma discussão, tão somente? Qual o bem tão meu, foi atingido em uma frase infeliz? Quantas vezes um conflito tomou proporções maiores do que deveria? Compensou?
Pois bem, colega, como já disse em outra oportunidade, isso é só um monte de frases gramaticalmente alinhadas e premeditadas e que no fundo, não resolve muita coisa, mas falar, exorciza alguns pesares e alivia certas dores.
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Há 3 dias